Auto de Fé em Chavantes




 AUTO DE FÉ
EM CHAVANTES

19/01/1946

Um auto de fé em Chavantes –
Humberto Silvestre 19/01/1946
Foi com geral constrangimento que tivemos notícia de um moderno “auto de fé” perpetrado por um grupo de padres católicos romanos que vieram à Chavantes fazer propaganda do catolicismo.                                                   Não tendo argumento bastante para fazer prevalecer a lógica de sua religião, resolveram fazer um “auto de fé” queimando na praça da igreja diversos livros e revistas espíritas. O clero intolerante em sua sanha feroz de predomínio sobre as consciências livres levou avante esse execrável atentado à liberdade de pensar. As ovelhas desviadas não querem voltar ao seu rebanho: os homens começam a sair da letargia em que estavam submetidos durante vários séculos por isso os clérigos já começavam a movimentar-se saindo de suas cátedras para dar provas de sua intolerância, o que demonstra que começam a temer a onda Espírita que se avoluma assustadoramente.                O Catolicismo não cogita do meio, o principal para ele é atingir o fim, mesmo aplicando qualquer ardil, contraditório ou não aos postulados cristãos.                                             O Espiritismo não teme esses atos de vandalismo moral porque eles redundam em proveito da própria doutrina, como aconteceu no “auto de fé de Barcelona” que despertou na Espanha maior interesse pela doutrina.         Os sinais dos tempos são conspícuos. Ninguém poderá antepor-se à marcha da evolução. O progresso humano fez crescer o número dos antagonistas do catolicismo romano. Antigamente eles tinham que combater os judeus, os albigenses, os muçulmanos e os budistas, os protestantes, os espiritualistas de várias escolas, os positivistas, os comunistas, os gregos ortodoxos além de algumas seitas isoladas, hoje em dia, suas armas ferinas voltam-se também para o Espiritismo.













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