Alimentemos o Lado Bom



Alimentemos o Lado Bom


Aylton Paiva - Lins/SP
   


Um jovem que desejava a auto-educação entrou em conflito íntimo com as suas idéias, sentimentos e emoções,
Ora sentia alegria, amor pela vida, idéias otimistas...
De repente, nuvens negras escureciam o céu da sua mente e o horizonte extenso da sua alma.
Então emergia a tristeza, o desinteresse pelo intenso viver e as idéias tropeçavam nas pedras reais ou imaginárias do pessimismo.
Ouviu, certa feita, falar de um índio, que vivendo tranqüilo na floresta, transmitia a tranqüilidade, o bom-senso e o realismo.
Após algumas peripécias para estabelecer o contato e acertar o caminho para o tão desejado encontro... emocionado está diante do índio sábio, então indaga-lhe:
Índio, vivo em conflito, parece-me que dentro de mim co-existem duas pessoas.
A primeira sente-se feliz, integra-se com a vida... tem bons pensamentos.
A outra é negativista, triste e má... o que devo fazer para encaminhar essa questão tão difícil e tão vital para mim?
Surpreso, ouviu a tranquila resposta do índio:
- Meu jovem, também comigo acontece a mesma coisa!
Sinto em mim co-existirem dois cachorros.
Um deles é mau e cruel, sempre deseja atacar quem lhe está próximo.
O outro é manso, carinhoso e protetor.
Dentro de mim... estão sempre se opondo. Um querendo tomar o lugar do outro.
Profundamente intrigado, o rapaz que esperava, ante a calma do índio, que ele já houvesse resolvido a questão dos impulsos primários: a crueldade, a maldade e a violência, indagou:
Então... na briga...qual dos cachorros ganha?
O sereno e atinado índio...refletiu e falou:
- Aquele que, com meus pensamentos, sentimento e emoções... mais eu alimento!

Pensemos... não adianta ficarmos paralisados e inseguros entre ser bom ou ser mau, alegres ou tristes, otimistas ou pessimistas.
É necessário focarmos o nosso pensamento, nossas palavras e nosso comportamento naquilo que, efetivamente, alimenta a parte boa do nosso “ego”.
Somos espíritos imortais em processo de evolução.
Cabe-nos, constantemente, o aprimoramento da nossa inteligência, dos nossos sentimentos e das nossas emoções.
Temos que alimentar a nossa parte boa com a educação intelectual, moral e espiritual.
Lembremos que cada consciência é um centro gerador de forças no movimento da vida universal.
Pensar é criar.
O pensamento é energia... é alimento psicológico ou espiritual.
Essa força pode ser direcionada para criar o bem ou mal, conseqüentemente pode construir a felicidade ou implantar a infelicidade em nós mesmos e naquelas pessoas com quem estamos convivendo.
Tanto quanto possível, dirijamos os nossos pensamentos para o bem, para a saúde, para a verdade, para a alegria, para o otimismo.
Vamos alimentar o “cachorro bom”, que dorme na “casinha da nossa mente”.
Maus pensamentos, que alimentam o “cachorro mau”, são dardos magnéticos que nos infelicitam e que produzem amargura naqueles que convivem conosco.
Ante os conflitos, procuremos gerar e manter pensamentos que ajudam na solução, agindo com serenidade e clareza, evitando a irritação, a cólera a amargura e o desespero.
(a alegoria não tem autor conhecido e foi adaptada pelo articulista)

Aylton Paiva é agente fiscal de rendas aposentado, ex-diretor da Câmara Municipal de Lins, escritor e dirigente espírita em Lins/SP

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